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ISAÍAS 59:9

terça-feira, 27 de maio de 2008

AS COLUNAS NO TEMPLO MAÇONICO


AS DUAS COLUNAS



1.
i

Não vos apresento estes factos como verdades, mas como hipóteses que se aproximam a verdade.

É tão difícil conceber, de acordo com a Bíblia, como eram feitas as duas Colunas colocadas diante do Templo e como o próprio Templo.
Eis a sua descrição (1º Livro dos Reis ,cap.VII,13-22):

"Salomão mandou chamar Hiram, de Tiro, filho de uma viúva da tribo de Neftali, cujo o pai era natural de Tiro. Hiram trabalhava em bronze, e era dotado de grande habilidade, talento e inteligência para fazer qualquer trabalho em bronze. Ele apresentou-se ao rei Salomão e executou toda a obra. Fundiu duas colunas de bronze, cada uma com nove metros de altura e seis de circunferência. Fez dois capitéis de bronze fundido, cada um de dois metros e meio de altura, e colocou-os no alto das colunas. Para enfeitar os capitéis, fez dois entrançados em forma de corrente, um em cada capitel. Depois fez as romãs; havia duas fileiras de romãs em torno de cada entrelaçado, para cobrir os entrelaçados que ficavam no alto das colunas.
Os capitéis, no alto das colunas que estavam no vestíbulo, tinham a forma da flor-de-lis, medindo dois metros. Além disso, esses capitéis, no alto das duas colunas, no centro que ficava por detrás dos entrelaçados, estavam enfeitados de romãs, colocadas em filas de duzentos ao redor do capitel. Em seguida, Hiram ergueu as colunas diante do santuário; Ergueu a do lado direito e deu-lhe o nome de Firme; depois levantou a coluna do lado esquerdo e deu-lhe nome de Forte. E assim terminou o trabalho das colunas."

Os detalhes dados para as colunas são pouco claros, e não nos dão a possibilidade de estabelecer uma reconstituição figurada exacta.

ii

Leadbeater, " os autores estão longe de chegar a um acordo, e os pormenores dados são tão confusos que os escritores maçónicos só chegaram a um acordo quanto às características principais. Pareceu-me portanto preferível empreender uma investigação por clarividência!..."




2.- AS COLUNAS NO TEMPLO MAÇONICO
i

No ocidente, ergueram-se duas colunas de cada lado da porta, uma jónica e outra Dórica.
Sobre tronco da coluna da esquerda esta colocada a letra B e, sobre a da direita a letra J.
É difícil conceber de que substâncias eram, segundo a Bíblia, as duas colunas do templo de Salomão e colocadas entrada; eram de bronze e segundo outros de madeira de Cedro.

ii

Se elas fossem em bronze para resistiriam ao dilúvio e à barbárie; o bronze é aqui o emblema da eterna estabilidade das leis da natureza.
Elas são ocas, para poder guardar arquivos, e é junto delas que aos operários recebiam o salário e dispensados dos seus trabalhos, contentes e satisfeitos pela aprendizagem das ciências. (RAGON)

iii

Madeira de Cedro, o Cipreste era cortado nas florestas do Líbano e de onde era natural Hiram.
As qualidades destas madeiras é de grande duração, aromáticas, não apodrecem, nem podem ser contaminadas por vermes, e nem apresentam rachaduras.
Foi até comparada a madeira de cedro à carne de Jesus Cristo.
Eis a sua descrição (1ºLivro dos Reis, cap.V, 23-24):

"Os meus operários descerão a madeira do Líbano...
Hiram forneceu a Salomão toda a madeira de cedro e cipreste de que este necessitava,"

iv

As letras "J" e "B" nas colunas vêm das palavras hebraicas Jachin e Boaz que significam respectivamente "estabelecer-se-á" "em força". "DEUS SE ESTABELECERÁ EM FORÇA".
Segundo Oswald Wirth, (J:.) é símbolo Activo - Masculino e (B:.)Passivo - Feminino.



V

Cada uma das colunas suporta três romãs entreabertas, e se afastam assim da descrição Bíblica. Trata-se de uma simplificação esquemática que se explica pelo facto de que esse tempo o Quadro de Loja era traçado a giz.
Simbolismo religioso da Romã:
No Cristianismo, os grãos de romã representam a expressão da bondade divina, e é simbolismo bíblico, em que as sementes estão intrinsecamente ligadas como também intimamente unidas e que simboliza a pureza da amizade dos membros da grande fraternidade maçónica espalhada pelo mundo.

vi

As cores das colunas, e de acordo com todos autores maçónicos fazem corresponder o Sol, cor vermelho à coluna (J:.),e a Lua, a cor branca ou preta à coluna (B:.).

vii

As colunas e a disposição da oficina maçónica.

No Sul e no Norte colocadas longitudinalmente cadeiras para os irmãos. Os aprendizes sentam-se na coluna Norte, os companheiros na coluna do Sul e os Mestres nas primeiras filas de ambas as cadeiras.
No lado oposto as duas colunas, encontra-se o Oriente é ocupado por estrado ao qual se sobe por três degraus, colocada cadeira e mesa do Venerável Mestre, sobre a mesa dispõem-se ritual utilizado, a espada flamejante e o candelabro, em cima do espaldar da cadeira do Venerável Mestre, brilha um Delta Luminoso em que se pode ver olho simbólico, e/ou letras hebraicas Lod, Hé, Vau e Hé.
O estandarte da loja esta colocado no Oriente.
Abaixo do estrado do Venerável Mestre são colocados, os livros das Sagradas escrituras, das três religiões monoteístas reveladas: judaísmo, cristianismo e islamismo, sobre livros são colocadas em posição ritualista, o esquadro e o compasso.
O quadro da loja é colocado, na altura devida, sobre o pavimento mosaico, meio da loja, envolvendo três luzes sobre pequenas colunas, simbolizando a sabedoria, a beleza e a força.
Junto as colunas ficam os Vigilantes, na coluna (B:.)1ºV:. e na coluna (J:.)2ºV.. de acordo com RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO.

viii

Coluna de Harmonia. É o local dentro do Templo, onde se situam os aparelhos de som, estabelecido na Loja, para actuar nos intervalos litúrgicos.

Coluna do meio - dia, ou sul; é a parte da Loja onde actua o 2º Vigilante.

Coluna Gravada. Denomina-se coluna gravada a uma proposta escrita depositada no saco das propostas.

Coluna Quebrada. Diz-se assim aqueles que passaram a Oriente Eterno.


As duas Colunas assinalam os limites do Mundo criado, e estabelecessem os limites do mundo profano.
Estabelecem a ligação entre terra e o céu, e delimitam o espaço onde as cerimónias rituais se efectuam, desvendando os segredos maçónicos.

Disse.


À Glória do Grande Arquitecto do Universo.





A Oriente de Portugal,
aos vinte um de Janeiro do ano seis mil.





Um Aprendiz

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